28 de abril de 2014

O Poder do Hábito.

Não sei se você já leu ou ouviu falar do livro O Poder do Hábito (de Charles Duhigg, editora Objetiva, R$ 26). À primeira vista, parece um guia de auto-ajuda como tantos outros repletos de fórmulas babacas para viver melhor. Mas só parece. O repórter Charles Duhigg fez uma pesquisa incrível para explicar, de uma maneira deliciosa, por que fazemos o que fazemos todos os dias. E ele elabora um argumento animador: a chave para mudar o que não funciona em sua vida é entender como os hábitos funcionam – e, mais importante, como podem ser transformados. Afinal, transformá-los pode significar a diferença entre o fracasso e o sucesso.
Hábito, de acordo com o dicionário, é o comportamento que determinada pessoa aprende e repete frequentemente, sem pensar como deve executá-lo. Portanto, hábitos são as pequenas decisões do dia a dia que, muitas vezes, nem nos damos conta que tomamos, mas que existem para dar uma “folga” para o cérebro lidar com decisões e pensamentos mais complexos. Embora isoladamente pareçam ter pouca importância, com o tempo os hábitos têm um enorme impacto na saúde, na produtividade, na estabilidade financeira e na felicidade. Eu, por exemplo, mesmo com tantos perrengues no dia a dia, sou feliz graças aos meus treinos diários. Certeza.
Com base na leitura de centenas de artigos acadêmicos, entrevistas com mais de trezentos cientistas e executivos, além de pesquisas realizadas em dezenas de empresas, o autor explica por que algumas pessoas têm tanta dificuldade em mudar, enquanto outras o fazem da noite para o dia. Ele mostra, por exemplo, como hábitos corretos foram cruciais para o sucesso do nadador Michael Phelps, do diretor executivo da Starbucks, Howard Schultz, e do herói dos direitos civis, Martin Luther King, Jr. Todos tiveram êxito transformando hábitos. “Primeiro, há uma sugestão, ou gatilho, que diz ao seu cérebro para entrar em modo automático e desdobrar um comportamento. Depois, há a rotina, que é o comportamento em si. Para alterar um hábito, é preciso modificar os padrões que moldam cada aspecto de nossas vidas. Entendendo isso, você ganha a liberdade – e a responsabilidade – para começar a trabalhar e refazê-los”, comenta o autor.
Um dos exemplos citados diz respeito a ele próprio. Duhigg explica como conseguiu parar de consumir cookies no meio do dia de trabalho ao compreender o hábito que o levava diariamente a uma cafeteria para comê-los, mesmo sem fome – as visitas diárias ao lugar ocorriam por necessidade de socialização. “Refiz o hábito e, agora, pelas 15h30, levanto da minha mesa e procuro alguém para conversar por 10 minutos. E não como um cookie há seis meses”, conta ele. A prática é um dos segredos para a mudança: “Tarefas que parecem incrivelmente complexas no início podem se tornar muito mais fáceis depois de executadas inúmeras vezes. Maus hábitos, como fumar e beber demais, são superados quando aprendemos novas rotinas e a praticamos incessantemente”. Fato.
Há ainda, segundo Duhigg, os chamados hábitos mestres, capazes de desencadear uma série de reações no modo da pessoa organizar sua própria vida. Um bom exemplo de um hábito mestre é o exercício físico. “Quando as pessoas começam a se exercitar regularmente, mudam outros comportamentos que não estão relacionados à atividade física. Passam a comer melhor e a levantar da cama mais cedo. Não está completamente claro por que isso ocorre, mas está provado que exercício é um hábito mestre, que propaga mudanças em todos os aspectos da vida.” O cara disse tudo. Sendo assim, eu não tenho que escrever mais nada – só levar meu hábito de fazer exercícios adiante e ser feliz.
Beijos no Coração

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